Hoje, como habitualmente faço, liguei para o T no fim de almoço. Depois de algumas tentativas, lá atendeu. Do outro lado ouvia-se berros vindos da boca de alguém que tudo fez para que as coisas nunca corressem bem, alguem a que se lhe aplica muito bem o termo SOGRA. O meu menino quase nem para mim falou, perguntei se tinha almoçado e qual tinha sido o almoço, ao que ele me respondeu que não tinha almoçado e dito isto desligou... uma tristeza ficou cá. Tantas saudades que tenho dele. Ele não imagina a falta que me faz. Tentei novamente falar com ele mas não atendia. Vou esperar ate ao jantar (uma eternidade para mim) para lhe voltar a ligar e ouvir aquela voz que me conforta, aquela vozinha triste...
Peço desculpa mas não consegui ca vir mais cedo. Continuando com este filme que é a minha vida, o processo segiu para tribunal...Foi marcada conferencia de pais mas não havia acordo possível. Ele fez uma regulação de poder paternal que lhe conferia a guarda do Tiago e o mais absurdo ainda, eu só poderia vê-lo aos fins de semana, ou ao sábado ou ao domingo alternadamente. Teria de lhe dar €100,00 para o meu filhote e passava com um dos dois o dia 24 de Dezembro e o dia 25 era passado com o outro, o seu dia de anos almoçava, por exemplo, comigo e jantava com o pai. De loucos é aquilo que posso dizer, quando se vive a mais de 350 Km da pessoa em causa. Inaceitável, irei lutar pelo meu filho atá ao fim. Afinal de contas sou mãe e sempre foi criado comigo. Fui sempre eu que estive cá quando deu o 1º sorriso, quando lhe doi-a os ouvidos, etc.
Recusado que estava tal acordo, o juiz disse que iriam ser efectuadas as diligências necessárias, teriamos de arrolar testemunhas e por fim seria marcado julgamento, isto no dia 18 de Novembro.
Já estamos praticamente no final de Janeiro e nada. O meu advogado pediu que fosse feito um exame psicologico ao pai do T e a mim isto porque ele juntou um texto ao processo em que ele diz que eu sofro de perturbações mentais e que tenho mudanças bruscas de humor, ora quem tem perturbações mentais e graves por sinal é ele. Sofre de tudo e mais alguma coisa. Como não aceita que o nosso casamento terminou toca a inventar tudo e mais alguma coisa para me prejudicar.
De dia para dia me sinto mais em baixo e sem forças para continuar. Estou a morrer aos poucos de saudades do meu filhote...
Depois de tanto tempo sem cá vir, acho que chegou a altura de recomeçar a escrever parte da minha vida.
Nestes meses (ou até mesmo anos) muita coisa mudou, os meus sentimentos mudaram, não em relação ao meu filhote, mas noutros aspectos.
Para ser breve, vou aqui contar resumidamente o que se passou.
Em Julho passado, e após várias conversas e algum tempo separada do pai T decidi que o meu casamento não poderia ir mais além. Eu não era feliz, o T também não e acho que assim não é vida para ninguem.
Qual o meu espanto quando no dia 26 desse mesmo mês, o pai do T me liga a dizer que vem passar esse dia com o T e eu, como a minha intenção, apesar de tudo, nunca foi colocar o T contra o pai, deixei-o ir. Algum tempo depois saio de casa para espairecer e passado algum tempo recebo um telefonema da minha mãe a avisar k o N ia levar o T para longe. Não acreditei que fosse capaz de tamanha loucura, e quando regresso a casa no fim da tarde reparo que tinha levado o meu bem mais precioso e inclusivé teve o descaramento de me deixar a casa de pernas para o ar.
Nem sei explicar o que senti e o que me passou pela cabeça naquele momento. Senti raiva, ódio (apesar de achar que é uma palavra e um sentimento que acho que na realidade não consigo sentir por ninguém) senti uma vontade enorme de ir atras dele e "depená-lo".
Com calma e mais tarde conversando com os meus pais e o meu advogado chegamos à conclusão que o mais acertado e sensato seria entrar legalmente com o processo de divórcio e notificá-lo para que me informasse do paradeiro do meu filho.
Assim o fiz e não obtive resposta por parte daquele ser repugnante... (bem tenho de ir fazer umas coisitas...continuo logo que possa).............
Já passou mais um aniversário teu. Como aconteceu há 4 anos atrás, não te vou poder dar aquela prendinha que tanto gostavas de receber, mas prometo que logo que possa te recompenso, não só com a tal prendinha, mas como faço todos os dias, com miminhos, amor, carinho, etc.
Estou tão triste filho, por não poder dar aquilo que mereçes, dar-te uma festinha em casa para a familia e amigos mais chegados, mas, este mês as coisas estão complicadas e não dá mesmo, espero que compreendas. (eu sei que compreendes, és um amor, és carinhoso, e vais compreender as nossas razões)
Apesar de tudo consegui com que tivesses um festinha na escola. Tiveste o teu bolinho e os suminhos para poderes passar o teu dia de anos mais docinho. Estiveste tão feliz ontem. Com um sorriso encantador...!
Sei que este mau bocado financeiro vai passar e vamos poder dar-te aquele brinquedo com que tu tanto sonhas!
Adoro-te muito meu anjo! Um beijão da mãmã que te ama incondicionalmente.
Pois é, hoje é o teu dia meu amor. Cresceste tão rápido. Já tens 5 anos. És tu a crescer e a mãe a mingar. Tenho tantas saudades de quando eras pequeninho, quando te podia pegar ao colo, te podia abraçar que não reclamavas. Agora já não queres colinho (mas tambem não te podia dar, já pesas 27 kg), quando te abraço, dizes, às vezes, larga-me já não sou um bébé. Mas para mim serás sempre o meu bébé. Hoje quando acordas-te estavas tão feliz. Disseste-me logo "Mamã estou tão feliz!". E eu com um sorriso disse, "Estás filho? Porque?" ao que ele respondeu: "Hoje faço anos..." .
Eu sei que ainda não entendes, mas há cinco anos atrás estava eu já à rasca. Deste-me um bocadito de trabalho para nascer, mas valeu a pena todo aquele sofrimento, toda aquela angústia, no fundo, todas aquelas dores. É maravilhoso o nascimento de um filho. Isto é para que um dia quando fores mais grandito, saibas a que horas nasceste. Nasceste às 19 horas de um dia bastante frio.
Bem, agora vou preparar-me para levar à tua escola um bolo, sumos e umas guloseimas para ti e para os teus amiguinhos. Sei que vais adorar.
Que tenhas um dia muito feliz, meu filhote, meu amor, minha vida.
ADORO-TE!!! Um beijão com amor da mãe.
Esta é mais uma aventura que tive de ter. Como concorri para entrar para os quadros da Marinha, sim é isso mesmo, Marinha de Guerra Portuguesa, fui chamada para ir fazer os testes médicos no passado dia 07/11, isto porque já lá estive e apenas tiver de fazer os testes médicos e os psicotécnicos pois já fui militar. Ou seja, tive de ir a Lisboa e tive de levar o Tiago. Aventura da semana. Com os nervos à flor da pele lá fui eu às 2h da manhâ, naquela que seria a viagem mais louca do mundo. A minha sorte foi que ele foi todo o caminho a dormir. Cheguei a casa da minha "querida" sogra por volta das 6h, sim porque para sogra já lhe basta o nome, porque o resto é melhor nem comentar, e lá ficou ele, mais acordado que nunca, mais eléctrico que em outra quanlquer altura, meu Deus, que agitação aquela hora, tinha decididamente, carregado as baterias...
Seguimos logo para Lisboa e lá fui eu para Alcantara fazer os tais testes. Que nervos. Aquela coisa de ter de tirar sangue apavora-me. Mas enfim, já estive em situações bem piores, como a de ter tido o meu filho por parto normal sem epidural, nada demais, mas custa!
Fiz os testes, que correram lindamente, fiquei selecionada novamente para voltar para a "guerra". Que alegria. Mas senti-me ao mesmo tempo estranha. Estava exausta, e cheia de sono. Nem festejei muito a deliciosa novidade. Liguei à minha mãe a dar-lhe a grande noticia e como não podia deixar de ser, "tentei" entrar em contacto com a minha ajudante de campo, uma grande amiga do trabalho. Dei-lhe a novidade, de que iria realmente ficar sozinha no departamento, e que agora teria apenas que esperar pela tão esperada carta, que me indicaria o dia D para entrar novamente na aventura que é, a vida militar. Mas enfim é o meu sonho e não me posso queixar.
Mas, de volta a Braga foi mais uma aventura. Todo o caminho a dormir. Chegamos as 22horas e conseguiu mesmo assim dormir a noite toda. Foi o NON STOP. Lindissimo, digno dos filmes de Hollywood. Mais de 12 horas de sono. O meu menino é mesmo um fenómemo.
Bem já não venho aqui à já algum tempinho. As novidades já são algumas. O meu pequeno indiozinho está sem dentinhos. Pois é, agora já se está a tornar um rapazinho mais crescidinho. O primeiro dentito caiu no dia 27 de Outubro quando o meu pequenote comia um bocadito de pão com manteiga. Depois viu sangue no pão e aí é que foi. Choradeira durante 15 minutos. Já assustado disse-me ele com a boca aberta: "Mamã caiu-me o dente!"- "Não te preocupes filho, és tu que te estás a tornar um rapazinho e esses dentinhos têm de cair para virem uns maiores!", lá disse eu para o tentar tranquilizar.
No Domingo a seguir (dia 28 de Outubro), como o do lado também ja abanava, lá começa mais uma choradeira e com a pequena frase "Mamã não quero comer, dói-me a barriga!", ao qual lá respondo eu: "Filho tens de comer, senão os dentitos não crescem e não ficas um rapazinho!". Nem sabem como é dificil esta fase. Foi um dia terrível por causa do tal dentito que abanava, mas que resolvia teimar em não cair. Com algum sacrificio lá consegui com que comesse a sopita e por volta as 9h30 ia deitá-lo. Deitou-se na cama, mas como estava sempre a tocar no dente com a língua lá reparou que estava a sair um bocadito que sangue. Nem imaginam o filme. Foi logo um berreiro, levantou-se logo e pedia-me para que lhe arranca-se o dente. Nas que eu me meto, pensei eu. Agora além de mãe, esposa, dona de casa, administrativa, mecânica de motos 4, e mais algumas coisas que agora não me lembro, também tinha de ser dentista. E logo dentista, que é das profissões que mais detesto. Tenho pavor de dentistas. E pronto, lá andava eu a tentar puxar o minúsculo dente com os meus grandes dedos. O raio do dente teimava em não querer sair. Estava mesmo preso por um fio. As horas passavam a voar, o dente parece que estava cozido a gengiva, eu já estava a dar em doida. Eu a tentar arrancar o dente, e o marido sentado a ver Tv. Grande lata a dele. O típico homem. Finalmente lá consegui arrancar o dente, isto depois de mais de 1 hora a tentar. Lá consegui a proeza de arrancar um dento com os dedos, pois porque isto é a mais alta tecnologia ao serviço dos dentistas, os DEDOS, e consegui com que fosse para a cama. Mal sabia eu que a partir daí, não quisesse comer. Mais um problema. As horas das refeições. Lá consegui vencer mais esse problema. Quando já estava tudo a voltar ao normal, no dia 31/10 quando o fui buscar ao infantário com o meu irmão, diz-me ele assim: "Então já cairam mais dentes ao Tiago? Já lhe faltam aí 4 dentes, não?", e respondo eu toda gaiteira: "Não, só caíram 2." e ele disse logo olha que não. Ora vê
E lá vou eu ver, e tal não é o meu espanto e reparo que em cima, o dente que estava já desvitalizado (pois porque é tanto trambolhão, que o dente até desvitalizou) já não estava lá. E pergunto eu ao Tiago.
"Que aconteceu filho? O teu dentito?" e ele todo assustado, "Mamã caiu. Estava a correr, bati contra outro menino, deitei sangue da boca, e o dente caiu". Lá perguntei a educadora e diz que foi um daqueles choques frontais, que os miúdos às vezes dão uns contra os outros. Rebentou a boca por dentro e o dente, porque estava mais frágil, caiu. Aí é que foi o começar de mais uma saga, "COMER, Não posso mamã!"- Pensei logo ir para a casa das tolas, pois a minha saude mental tinha-se estado a degradar e com mais esse acontecimento, era a chamada cereja em cima do bolo. Deixou de querer comer. Para comer, só entretido e começava logo a dizer que lhe doí-a a barriga. Pensei sinceramente em dar-me como maluca, mas consegui aperceber-me que a solução não era essa. O marido como sempre, a trabalhar para crescer mais 1 cm à volta da barriga, e eu com as tarefas todas nas minhas mãos. Demais.... Mas comentar para quê. Não vale a pena.....
Até hoje para comer é preciso meter um requerimento ao pápá.
Mas AMO-TE tanto Tiago...
Já não sei que fazer, isto anda a dar comigo em doida. Já não bastava ter um filho com o vivio no sangue das motas e com energia a mais, agora arranjei mais trabalho lá para casa (pois porque ainda não tinha trabalho que chegue), e o meu adorado marido resolveu, visto não estarmos na altura de ter mais um rebento, arranjar um ser pequeno, irrequieto e adorável, acima de tudo, lá para casa, ou seja, um GATO, ou melhor, GATA.
Realmente não estou a ver o que mais me possa acontecer. Além de ter de arrumar aquilo que só os homens sabem fazer, desarrumar, ainda tenho de limpar a "merda" da gata. Como se não bastasse, é pequenissima, tem 1 mês e meio, e é como um autentico bebé, precisa de colo, mimos, atenção, etc.
Realmente, agora que a tenho à quase 2 semanas, chego à conclusão, que se calhar era bem melhor tem outro filho. Isto porque o meu marido, achou que, mais uma vez, o nosso, "grande- pequeno" filhote, se possa sentir mais sozinho nas suas brincadeiras caseiras, e precisasse de mais companhia para acabar de destruir a casa.
Como estamos a chegar ao inverno, e não dá muito jeito, praticar stuntriding à chuva, o novo brinquedo do pequeno "índiozinho" é a "Princesa", sim porque a gata já tem nome, ao fim de uma intensa votação lá no colégio do meu filho, lá chegou a conclusão, que de todos os nomes sugeridos pelos amigos, Princesa seria a escolha mais acertada (isto porque a gata é dele, mas só para as brincadeiras, porque para limpar tudo dela, a gata já é da mãe).
Mas a "Princesa" também veio em boa altura, pois o Tiaguito estava a ficar Playstationdependente. Sim pois, o pai, como só tem ideias brilhantes, lembrou-se da Playstation 1 que estava lá guardada no armário, e quis experimentar pôr o irrequieto a jogar para ver se sossegava mais um bocadito. Ou seja, a experiência não podia ter dado melhor resultado. O tiago chegava a casa da escola e lá ia ele para a Playsation, jantava e Playstation outra vez, nem dormia com a pressa de jogar aquela coisa (não vou voltar a escrever o nome, pois já me troco só de pensar na palavra). A verdade seja dita, realmente notamos uma grande diferença no Tiago. Não havia Tiago para ninguem. Mas a vida não´pode ser só assim. E então apareceu a nossa "Princesa".
Por hoje acho que já chega, pois isto parece o testamento do Bush (pois é que ele deve ter tanto dinheiro que o testamento nunca mais acaba....).
Há uma série de dias que andava aqui a empatar o blog, mas hoje acordei cheia de vontade de começar a escrever neste meu blog que já está criado há já alguns dias (2 semanas, mais coisa menos coisa).
Apartir de agora já tenho um local onde desabafar estas coisas de ser uma mãe moderna, virada para os desportos "radicais" do filho de 4 anos.
É verdade que também vão sair algumas banuradas e das grossas, mas como nós, mães sabemos, faz parte da nossa intensa, exaustante e bastante compensatória vida de MÃE!!
Desde já aproveito para agredecer aos que aqui vierem ler as minhas aventuras....
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